Dom Casmurro

Exemplar M2l 01559
Romance

Sobre o livro

Dom Casmurro (1899), sétimo romance de Machado de Assis, tem como narrador Bento Santiago, o casmurro que rememora a história da sua paixão, casamento e separação de Capitu. A partir deste livro Machado não mais publicou em folhetim, como vinha fazendo desde seu segundo romance, A mão e a luva (1874). Dom Casmurro foi impresso em Paris em 1899 e começou a circular no Rio de Janeiro no início de 1900; entretanto, desde 1895 aparecem alusões à escrita do livro em sua correspondência. Isso indica que a obra teve um longo período de composição, como lemos na carta a Magalhães de Azeredo datada de 26 de maio de 1895, na qual escreve: “Pelo que me toca, o livro em que trabalho é ainda um romance. Não estou certo do título que lhe darei; já lhe pus três, e eliminei-os. O que ora tem é provisório; ficará, se não achar melhor.”

Sobre este exemplar

O exemplar M2l 01559 está encadernado em couro azul, com cabeça dourada e com o timbre da encadernação (Marti, S. Paulo), apresentando o ex-libris de Rubens Borba de Moraes. No verso da folha de anterrosto consta a advertência “Ficam reservados todos os direitos de propriedade”, assim como se vê em Páginas recolhidas (1899). A indicação aparece em momento que segue as discussões sobre a propriedade autoral e a recente aprovação da lei de direitos autorais, em 1898. Na folha de rosto há a indicação da filiação institucional do autor, “Machado de Assis, da Academia Brasileira”, e a inscrição manuscrita a lápis da data de publicação do romance. Ao final do livro, encontra-se o índice, abaixo do qual está o colofão: “Pariz. – Typ. Garnier Irmãos, 6, rue des Saints-Pères. 370.10.99”.