A mão e a luva, 2ª ed.

Exemplar M2l 01603
Romance

Sobre o livro

Neste segundo romance de Machado de Assis a trama gira em torno de Guiomar, moça ambiciosa que recebe a corte de três pretendentes: Estevão, Jorge e Luís Alves. Desejando ascender socialmente, ela se decide por aquele de caráter mais resoluto e ambicioso, mostrando que ambos se completam como uma mão em uma luva.

Machado prosseguia com o exame de caracteres iniciado em seu romance anterior, Ressurreição (1872), conforme explicita na Advertência, assinada “M. A.”, com data de novembro de 1874: “Convém dizer que o desenho de tais caracteres, – o de Guiomar, sobretudo, – foi o meu objeto principal, senão exclusivo, servindo-me a ação apenas de tela em que lancei os contornos dos perfis. Incompletos embora, terão eles saído naturais e verdadeiros?”. 

O romance havia aparecido em folhetim entre setembro e novembro de 1874 nas páginas do jornal O Globo. Foi o primeiro romance de Machado a sair de modo seriado, o que se repetiria nos quatro seguintes: Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891). A primeira edição em volume saiu pela tipografia do mesmo jornal, como parte da “Biblioteca do Globo”.

Sobre este exemplar

O exemplar da segunda edição M2l 01603 está encadernado em meio couro vinho, apresentando selo da encadernação (Encadernação Vallelle – José Lino Martins & Cia, rua do Carmo, 63, tel 23-2412. Rio).

Na folha de anterrosto, encontram-se um carimbo com a inscrição “Homenagem do Editor” e uma dedicatória ao amigo, acadêmico e crítico literário José Veríssimo, em letra não identificada. Antes da Advertência da primeira edição, apresenta-se a “Advertência de 1907”, na qual o autor afirma: “Os trinta e tantos anos decorridos do aparecimento desta novela à reimpressão que ora se faz parece que explicam as diferenças de composição e de maneira do autor. Se este não lhe daria agora a mesma feição, é certo que lha deu outrora, e, ao cabo, tudo pode servir a definir a mesma pessoa”. Ao final do livro, estão o índice e o colofão: “Paris. – Tip.[tipografia] H. Garnier. – 16.737”. No verso dessa folha consta a inscrição manuscrita a lápis azul com as iniciais “J. V.”, possivelmente de José Veríssimo. Ao longo de todo o volume, há marcas de leitura, tais como grifos e riscos manuscritos a lápis azul nas margens.