Sobre o livro
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), amplamente referido como a primeira obra-prima de Machado de Assis, é o quinto romance escrito pelo autor. Nele, o personagem Brás Cubas, que se autocaracteriza como um “defunto autor”, narra suas memórias póstumas para distrair-se da eternidade. O livro é marcado pela célebre dedicatória “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver” e pelo prólogo “Ao leitor”, assinado por Brás. A obra foi publicada primeiramente aos pedaços, na Revista Brasileira, entre 15 de março e 15 de dezembro de 1880. A primeira versão em livro foi publicada pela Tipografia Nacional em 1881.
Sobre este exemplar
O exemplar M2l 01556 tem a encadernação feita em couro azul, com caixa, com cabeça dourada e também com a indicação do timbre da encadernação “Marti, S. Paulo”. O ex-libris de Rubens Borba de Moraes e o de José Mindlin se destacam na contraguarda e folha de rosto, contribuindo com o restante da encadernação luxuosa. Há uma indicação “1653-80” na parte inferior da folha de anterrosto, e em seu verso uma lista de “Obras do autor”. Na página 9, onde começa o texto do romance, entre o título da obra e a indicação do “Capítulo I”, localiza-se uma assinatura manuscrita à caneta, parcialmente apagada.
Ao final do romance, constam o índice e, no verso e em página não numerada, a errata, em que se lê: “Alguns erros escaparam, que a inteligência do leitor suprirá. Ocorre notar este da pág. 123. Diz-se aí: relede o cap. xxviii, devendo dizer-se: relede o cap. xxvii”. Observa-se, então, que na primeira edição em livro, o texto se dirige ao leitor tanto em seu cabo, por essas últimas palavras, quanto em seu intróito, pela advertência.