Os deuses de casaca: comédia

Exemplar M2l 01580
Teatro

Sobre o livro

A comédia, escrita em um ato e em versos alexandrinos, tem a seguinte trama: seduzidos pelas condições da vida humana, os deuses descem do Olimpo e passam a viver no Rio de Janeiro vestindo casacas e adotando outros hábitos típicos do século XIX. Composta para ser encenada nos saraus literários da rua da Quitanda, onde veio à luz Quase ministro (1864), ela foi encenada em 28 de dezembro de 1865 nos saraus da Arcádia Fluminense, sociedade fundada em 1865 em comemoração ao centenário de nascimento do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805). A venda da obra foi anunciada em 14 de janeiro de 1866 no Diário do Rio de Janeiro.

Sobre este exemplar

O exemplar M2l 01580, encadernado em couro marrom e com um timbre da encadernação (Marti, S. Paulo),  apresenta o ex-libris de Rubens Borba de Moraes e o de José Mindlin, além de um carimbo parcialmente ilegível da livraria na qual a obra teria sido comercializada (Livraria do [?] Cruz Coutinho, S. Paulo, rua Líbero Badaró). O exemplar é dedicado ao escritor português José Feliciano de Castilho, amigo de Machado de Assis e, como ele, um grande defensor dos versos alexandrinos. Há diversas páginas com grifos, com versos sublinhados a lápis e marcações com uma grande cruz na margem. No verso da folha de rosto, de maneira semelhante à advertência presente no volume Teatro (1863), há a frase “Esta comédia não pode ser representada sem licença do autor”, indicativa das preocupações com os direitos de autor, frequentemente não observados.