Memorial de Aires

Exemplar 2M2l 01570
Romance

Sobre o Livro

Memorial de Aires (1908) saiu poucos meses antes da morte de Machado de Assis, ocorrida em 29 de setembro de 1908. A imprensa ainda publicava resenhas sobre o romance quando essas foram substituídas pelo noticiário da morte e pelas homenagens póstumas. O nono e último romance machadiano foi escrito na forma de diário do conselheiro Aires e tem como um dos seus eixos narrativos o destino amoroso da viúva Fidélia, a respeito de quem Aires e sua irmã, Rita, fazem uma aposta. O Memorial de Aires derivaria dos mesmos cadernos que deram origem a Esaú e Jacó (1904), conforme se lê na advertência à obra.

Sobre este exemplar

O exemplar M2l 01570 está encadernado em couro verde, apresentando o ex-libris de José Mindlin e capinha fina bege claro original, com as mesmas informações da folha de rosto. Nesta, constam a indicação da filiação institucional, “Machado de Assis da Academia Brasileira”, sem a data da edição, e uma dedicatória autógrafa de Machado ao amigo e crítico literário José Veríssimo: “Ao querido am[ig]º/ J. Verissimo / lembrança do velho amigo / Machado de Assis.

Ao longo do volume há marcas de leitura com traços manuscritos a lápis azul nas margens. Tudo indica que essas anotações serviram para José Veríssimo escrever a apreciação crítica do romance que saiu no Correio da Manhã de 3 de agosto de 1908, uma vez que há coincidência entre os trechos grifados no exemplar e aqueles transcritos na recensão crítica.